Balanço Energético Nacional 2023

O relatório consolidado do Balanço Energético Nacional (BEN) documenta e divulga, anualmente, a oferta e consumo de energia no Brasil, contemplando as atividades de extração de recursos energéticos primários, sua conversão em formas secundárias, a importação e exportação, a distribuição e o uso final da energia.

O estudo feito pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do governo federal, demonstrou que 47,4% da energia ofertada em território nacional foi de origem renovável. As pesquisas da EPE pautam metodologias para elaboração de curvas de custo e potencial de eficiência energética na indústria e edificações brasileiras, estudos de suporte para elaboração do Plano de Ação de Eficiência Energética para o país e monitoramento de indicadores de eficiência energética.

BEN 2022 x BEN 2023

O relatório revela que o Brasil utiliza mais energias não renováveis, do que energias renováveis, sendo o petróleo e derivados os líderes deste índice, ultrapassando biomassa de cana e energia hidráulica nos dois anos consecutivos.

Outro dado que deve receber atenção é referente ao consumo final (sendo energético ou não), que cresceu em 3,5% de 2020 para 2021. Para o ano de 2021/2022, o acréscimo foi de 2,9%.

Os principais utilizadores de energia no Brasil em 2021 e 2022 foram o transporte de carga/passageiros e o setor industrial, que lideram a lista em 65% e 64,8% em ambas as pesquisas. Em seguida, temos as residências com uma média de  10,8%, setor energético com média de 9,1%, agropecuária em 4,9% e serviços em geral com 4,9%.

A participação de renováveis na matriz energética teve um crescimento do ano de 2021 para 2022. Enquanto em 2021 as pesquisas apontam 44,7%, os dados do ano seguinte entregam a porcentagem de 47,4%.

A matriz elétrica brasileira em 2022 apresentou mudanças em função do aumento do despacho hídrico ocorrido ao longo do ano. Focando na matriz mais utilizada, sendo a hidráulica, percebemos que o despacho do ano anterior foi o maior nos últimos dois anos, em 61,9%. Em 2021 obtivemos a menor porcentagem, de 53,4%, enquanto em 2020 atingiu 60,7%.

Fonte: https://www.epe.gov.br/pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/balanco-energetico-nacional-2023